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7 de mar. de 2013
Eu e o amor borderline
Postado por
Nathalia Musa
Eu sempre tive relacionamento conturbados. Meu primeiro namorado morava em Curitiba e eu em Recife, nos conhecemos pela internet e eu acabei num arroubo me mudando para lá, apesar de nosso namoro estar em crise. Nossa vida foi extremamente difícil, eu tinha surtos onde ele tinha que me segurar para eu não correr pra janela me jogar, então eu o esmurrada, arranhava, batia na cara... Muitas vezes me cortava no braço com uma faca para poder suportar a dor. Hoje, olhando pra trás, vejo que todos estes acontecimentos estão relacionados com o TPB (transtorno de personalidade borderline), era um medo irracional de ser abandonada, de ficar sozinha numa cidade que eu não conhecia direito, ao mesmo tempo uma raiva louca quando ele ameaçava me deixar. comecei a fazer chantagens dizendo que se ele me deixasse eu me mataria (já havia tentado uma vez, quando ele me traiu). Isso me fazia muito mal, pois meu ego estava despedaçado pelo sentimento que alguém só estava comigo porque eu ameaçava me matar.
Um dia as ameaças não surtiram mais efeito, ele arranjou outra pessoa e me deixou. Fiquei um mês no quarto, com minhas companheiras que eu dividia apartamento a me alimentar na boca. Elas não me deixavam chegar perto nem de uma faca de pão, com medo de eu tentar suicídio de novo. Mas graças a Deus ele foi muito compreensivo comigo, eu ligava constantemente e ele me atendia, conversava, sem me dar esperanças, mas me ouvia... Então eu fui compreendendo que o relacionamento havia acabado, porém eu era importante para ele (eu tenho essa necessidade de saber meu valor pelo outro, meu julgamento não importa, até porque este vai ser com certeza depreciativo) e que seria para sempre. Voltei a estudar, pouco a pouco conseguia sair de casa. Ainda fiquei ligada a ele por um ano inteiro. Mandava presentes e deixava no apartamento dele, chorava constantemente, mas consegui trabalhar, recomeçar a vida.
Nesta época eu não estava em tratamento. Hoje, analisando, penso que foi o começo dos sintomas do TPB. A dor que eu sentia, não dá pra explicar. Cada briga nossa era épica, eu totalmente descontrolada, graças a Deus ele era bem calmo, pois se ele resolvesse revidar os tapas que eu dava na cara dele, eu estaria ferrada. Mas eu não sabia o que estava acontecendo. Pra mim, esta dor, este sofrimento absurdo era parte de mim, por "sentir tudo com muita intensidade". Eu havia feito terapia antes e, se eu tivesse sido diagnosticada, talvez muito seria evitado. Na verdade um bom pedaço de minha vida teria sido mais leve, sem este sofrimento que me perseguiu e me persegue até hoje. Não dá pra falar sobre a dor, o desânimo, a sensação de que estamos sozinhos e um desespero por isso...
Nesta época eu não estava em tratamento. Hoje, analisando, penso que foi o começo dos sintomas do TPB. A dor que eu sentia, não dá pra explicar. Cada briga nossa era épica, eu totalmente descontrolada, graças a Deus ele era bem calmo, pois se ele resolvesse revidar os tapas que eu dava na cara dele, eu estaria ferrada. Mas eu não sabia o que estava acontecendo. Pra mim, esta dor, este sofrimento absurdo era parte de mim, por "sentir tudo com muita intensidade". Eu havia feito terapia antes e, se eu tivesse sido diagnosticada, talvez muito seria evitado. Na verdade um bom pedaço de minha vida teria sido mais leve, sem este sofrimento que me perseguiu e me persegue até hoje. Não dá pra falar sobre a dor, o desânimo, a sensação de que estamos sozinhos e um desespero por isso...
E meu primeiro namorado, o que aconteceu? Ele hoje está casado, com a mulher pela qual ele me trocou. Sou extremamente grata pela paciência dele comigo, pela compreensão mesmo sem sabermos os porquês de minhas reações extremas. Acho que foi o namorado que mais me ajudou e hoje me dou conta disso, do fardo que ele carregava.
Mais um pouco da trilha sonora destes meus dias...
Adele - Turning Tables
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Marcadores:Adele,amor borderline,relacionamentos
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Naty, bom dia!
ResponderExcluirNão é fácil ter uma doença psiquica, mas com paciência, ajuda como essas e vontade, atravessamos as nuvens mais negras que possam existir, esperando que dias melhores virão...
Parábens pelo blog e iniciativa de falar mais do que passa com vc, isso ajuda muito...
Beijos e conte comigo!!
Anna
Olá!
ResponderExcluirNaty
é verdade. Parece que estamos em sintonia de post. risos...mas esse dark side só tem q ficar mesmo nos escritos, não é?Como disse na postagem anterior, se não vermos luz no túnel, a fé negativa,não conseguiremos sair do lugar.Compartilho meu apoio sempre!
Meu carinho pelo dia da mulher
Boa noite de sexta feira
Beijos
Naty,
ResponderExcluirAdoro Adele, sempre tem uma musica que tem tudo a ver. Quanto a este tipo de amor, de situação de vida, muitas pessoas passam por isso. O importante é aprender e aprender a se amar em primeiro lugar. Há espaço no mundo para um sorriso mais feliz.
Beijos
olá naty tudo bom ?
ResponderExcluireu estava vagando por ai vendo blogs e de repente me deparo com o seu
muito bom adorei *-*
seguindo :)
Naty, sei exatamente como vc se sente. Eu não tenho reações extremas assim, nunca tive, mas o pavor que tenho de ser abandona é assim imenso. Um cara q eu tava ficando a apenas 2 meses me trocou por outra e eu nem estava tão envolvida, nem era uma reação como essa sua, mas ele me levou o chão, o colorido das coisas... não tem explicação pra como me sinto. Mas força pra gente. Um grande beijo.
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