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3 de ago. de 2013

Depoimento - A visão de quem não é border.




Tenho 37 anos e uma vivência de uns 170. Comecei a trabalhar muito cedo, casei muito cedo, fui mãe, mulher, tia, madrinha, avó, amante, tudo muito cedo. 11 anos atrás tive a experiência de ter que lidar com a morte de minha filha caçula e perda de convívio com minha duas filhas mais velhas. Tão logo ocorridos estes fatos, mudei de estado, perdendo assim o vínculo de proximidade com a família num todo. Foram anos difíceis, de um amortecimento emocional intenso e consequente recolhimento emocional. Neste período, houve uma reviravolta dentro de mim, e hoje vejo que o motivo era uma visão de "vou perder tudo que amo então por que amar?". Construí uma murada em torno de mim, em que cada perda era um motivo novo para o recolhimento e a solidão. Passados os anos, isso fica muito claro pra mim... eu sabotei inúmeras possibilidades e me fiz um ser que não era realmente. Travesti-me de uma força que estava longe de ter. Fiz de mim mesma uma versão brasileira da mulher maravilha.. Não... eu não tinha um laço mágico nem um jato invisível... mas era capaz de trabalhar 90h sem parar e escolhi exercer profissionalmente, todas as funções mais embrutecedoras que minha alma poderia aguentar... Não tinha essa ideia na época, mas era uma busca constante e contraditória em que da mesma forma que buscava aniquilar a mulher que havia dentro de mim, embrutecendo-a e tentando alucinadamente calar sua voz, buscava também o enriquecimento de essência que só se obtém na empatia com aqueles que vivem ao seu redor enquanto você mesmo se crê morto. 

Nesse período me relacionei com uma mulher, que aqui vou chamar de Cátia. Era ela uma morena muito bonita, de aspecto vivaz e absolutamente apaixonante... tinha uma filha, Rafaela, igualmente apaixonante. Não foi difícil me deixar seduzir pela atenção e encantamento que ela era capaz de me propor. O enlace de sensações de uma paixão fulminante, aliado à sensação de acolhimento daquela criaturinha me chamando de mãe grande, estando eu longe de minhas filhas, gerou uma situação de um enlevo e esquecimento que demorei a perceber a teia em que havia me pendido... A paixão corrosiva daquela mulher me ensinou a temer o amor... mentiras, manipulação, traição e violência velada me levaram a um estado de torpor quase delirante... muitos anos e violências tácitas depois, consegui me desvencilhar dessa relação doente e ir em frente... depois dela houveram outras duas.... não vem muito ao caso agora, mas resumidamente, uma manipuladora e golpista, uma verdadeira sanguessuga emocional e financeira e outra, a mais amena de todas, emocionalmente travada e incapaz de tomar atitudes que levassem a qualquer avanço de relacionamento. 

Esses relacionamentos serviram apenas como tijolos na construção da grande muralha que ergui em torno de mim. Exatos 5 anos e onze meses atras conheci uma garota. Era doce, decidida, um pouco melancólica mas era o desenho perfeito da mulher que sonhei pra mim. Assim como eu, nos anos anteriores ao gélido torpor que tomou conta de mim depois da morte da minha filha, preparava-se para ser professora, tínhamos longas e agradáveis conversas e mesmo longe fazíamos TUDO juntas. Acordávamos e dormíamos e passávamos o dia ao celular... eu partilhava de suas atividades acadêmicas e ela das minhas atividades profissionais. E sem demora, fui ao encontro dela. O primeiro abraço me deu uma sensação de finalmente estar de volta ao lar.. não o lar que havia conhecido, mas a real sensação de lar. E foi o que acabou acontecendo.... naquele ano, pela primeira vez não quis morrer no mês de aniversário de nascimento e morte da minha pequena, na época de aniversario de todas as minhas perdas eu queria estar de pé... o apoio e o amor daquela menina me fizeram ressurgir das cinzas derrubando com um simples sopro a muralha que havia criteriosamente construído. E tudo em mim passou a ser construído em torno deste novo alicerce... Para ela eu era a mulher mais interessante, a mais bonita, a mais inteligente, a escritora mais capaz... EU ERA a concretização de suas aspirações e me sentia plena, realizada, digna de um sentimento tão absurdamente intenso que me faltava o ar sem ela... Planejamos a vida, os filhos, a casa, o mundo juntas.. Sra e Sra Smith, brincávamos... Eu e você contra qualquer mal que venha de fora. 

Doce ilusão.... o mal não estava lá fora.... o mal estava dentro de nós duas... sim.... das DUAS... Porque depois de 2 anos, aquela doce melancolia que exalava dela no começo foi tomando outra forma... os planos já não eram suficientemente bons, o relacionamento assim distante também não (confesso que pra mim também não era...), o relacionamento com a casa, os familiares, os amigos, a faculdade... tudo... tudo, simplesmente tudo foi tomando para ela uma cor opaca e sem vida e o vazio foi preenchendo cada espaço dela... eu, dependente daquele relacionamento fui entrando cada dia mais em um ciclo de esforços hercúleos para retomar e resgatar aquilo que tinha sido assim tão maravilhoso... Mas aquela sombra... Não saia de sobre nossas cabeças e, principalmente, não saia dos olhos dela. Passamos a viver um jogo de puxa e empurra muito violento.. se antes nossos encontros eram uma rotina silenciosa (exceto pelos ruídos amorosos, conversas amenas, risos e planos), naquele momento começaram a se tornar uma rotina estressante em que o medo de que até mesmo um bom dia gerasse a terceira guerra mundial... Cada novo dia se iniciava com a presença do medo de que algo desse errado... meu cabelo (que no começo ela adorava) começou a ser motivo de discussão... nunca a cor nem o corte certo.... minha pele (que honestamente não demonstra a idade que tenho) começou a ser motivo para piadas, eu que antes era a própria imagem da inteligência segundo ela, fui começando a conviver com adjetivos pejorativos e coisas que aos poucos foram desconstruindo minha auto estima e confiança... Cada dia mais insegura, tentava desesperadamente me por ao lado da mulher que amava (e ainda amo!) numa guerra diária contra o invisível. 

Ela tinha pesadelos e crises estranhas em que a sensação de taquicardia e falta de ar a faziam pensar que acabaria desfalecendo e um medo da morte iminente que a fazia chorar... Quando soube, senti um misto de preocupação e alívio... preocupação pelo que ela passava, alívio por ter um lugar por onde começar a buscar ajuda... me embrenhei numa busca incessante (que ainda existe) de explicações e possíveis tratamentos para ela. Nesse período eu sofri um atropelamento que disparou o gatilho da minha própria patologia... sou fibromiálgica e tive estiramento em todos os tendões e músculos, não conseguia sequer parar em pé... mudei de trabalho, trabalhava o dia todo na minha cama, via internet. Isso me deu o tempo e as ferramentas para buscar ajuda e explicações.... caminhos para tentar trazer minha amada e a mim mesma de volta à vida. Enquanto buscava para mim, buscava também para ela... veio o reencontro da ex-mulher maravilha, nessa época maravilhosamente acompanhada por sua bengala, com sua amada... o MEDO ME PETRIFICAVA... Eu já não era (ou não me sentia mais) a mulher por quem ela havia se apaixonado... A ideia de que aquela mulher tão amada me veria no ápice da fragilidade me aterrorizava... sonhava com o reencontro e na mesma ânsia de me sentir novamente acolhida em seus braços de LAR, tinha pesadelos onde ela ria da minha recém adquirida condição e me deixava la.... triste, vazia e desorientada... Finalmente o encontro se concretizou e NÃO,,,, ela não riu nem me deixou... ela foi doce e gentil e isso me deixou ainda mais desorientada... tentei terminar com ela, não achava nem certo nem justo fazê-la atrelada a mim... mais uma vez ela foi maravilhosa e me dissuadiu da ideia com um amor de aceitação e acolhimento... 

Mas algo mudou... semanas depois de voltar pra casa dela em MG, ela me pediu pra entrar no face dela e mandar uma mensagem pra alguém porque estava no Rio... estranhei e algo dentro de mim disparou uma sirene de alerta... intuição? talvez.... mas seja lá o nome que isso tiver, estava certo... Acompanhei por dois dias a conversa das duas relembrando o encontro... confrontada ela negou e disse que tinha sim falado coisas que não devia mas que não era sobre um encontro atual e sim uma reminiscência do passado.... no afã de realmente crer que meu amor tão puro e doce não havia me traído, acatei a explicação... mas aquilo ficou dentro de mim... e foi mais uma coisa a minar nossa relação... a confiança já não estava mais firmemente construída... Depois disso soube de uma promessa pra ex namorada de ir encontra-la em Teresina... o que foi novamente negado e acatado como verdade.... e novamente ficou ali.... minando minhsa confiança nela e em mim mesma... Conforme os sintomas dela iam se agravando tomamos conjuntamente a decisão de que eu deveria vir morar em MG.... Larguei o trabalho, fui ao sul rever a família e de lá mudei pra cá... na chegada, quatro dias intensos e felizes... até que um dia eu acordo com uma cotovelada e um "LEVANTA E VAMOS". E levantei e voltei pra casa com ela (estávamos na casa de uma amiga dela). Era domingo e ela disse que ia trabalhar... acreditei, afinal suas folgas eram sempre nas segundas... Mas ela não foi... e desapareceu por completo por 14 dias... Fiquei aqui... perdida no vácuo sem entender nada... 

Terminei com ela. E nesse dia depois de muito chorar, ela me aparece de bicicleta, 32km longe de casa quase meia noite porque precisava falar comigo... Ainda fui dura, mas depois de 3 dias de aparecimentos repentinos e buscas reatamos. Pouco tempo depois precisei passar 2 meses e meio em BH... lá peguei dengue e, como miséria pouca é bobagem, hemorrágica... nesses 10 dias de doença (mal conseguia beber agua) ela, que até então vinha se comportando como um anjo, resolveu curtir com os amigos... e foi assim durante todo o tempo... No dia do meu aniversário, voltei pra cá.... mais uma vez perto dela... e o que encontrei foi desesperador... meu amor tão lindo tinha sumido.... Não... ela ainda está aqui.... mas o TPB tinha chegado a um PICO e a tricotilomania decorrente dele idem... Assim como as alterações de humor e comportamento... tivemos dias de silêncio absoluto na casa, dias de estar rindo e brincando e do nada ela fechar a cara e ficar ate as 3 da manhã olhando pro nada no frio do sofá... tivemos dias de a antes aclamada "mulher de quem tenho orgulho" ser chamada de tosca, burra, cega, velha, entre outras coisas.... e também... dia dos namorados de fazer planos e ficar plantada esperando até quase a madrugada porque o vôlei com os amigos, dias de ver chamadas estranhas de números de outros estados no celular e ser chamada de neurótica por perguntar, dias de passar chorando porque sabia que ela não estava atendendo ao telefone nem respondendo mensagem porque estava bebendo apesar dos remédios... e por fim... dias de ficar absolutamente deprimida por ter correndo nas veias a certeza perene de estar sendo traída e o desânimo infindo de novamente confrontar com a pergunta e ouvir as mesmas respostas.... 

Até que num desses dias de telefone não atendido e certeza perene de traição meu telefone tocou... alguém que já tinha trabalhado comigo me ligou e me deu certinho quem, onde, quando e por que... Confrontada com a verdade... bem... ela me chamou de louca, insegura disse que não estava acontecendo nada que eu estava indo pela cabeça de terceiros... pego o celular e tudo está lá as claras... não restam dúvidas... a resposta dela? "Essa garota não vale nem a discussão.... muito menos romper um relacionamento de seis anos com a minha mulher"... Confesso e não me isento de culpa ou responsabilidade pelos meus atos que reagi muitíssimo mal... que acabei descendo do usual salto e dando uns tapas nela... 

Mas a razão dessa nota não é contar a história em si... mas sim deixar claro duas coisas... independente de como acabam suas histórias, você é feito delas... não me arrependo dos anos que vivi com ela... me arrependo sim de não ter tomado outras providências antes... de ter aberto essa e não aquela página... de ter procurado por esse e não aquele caminho... enfim... de não ter tido a chance de ajudá-la como devia... lamentavelmente como parceira, ela nunca me contaria da conduta dela em relação a outras mulheres (isso teria ajudado a chegar mais rápido no diagnóstico correto) assim como eu mesma errei na interpretação das primeiras traições acontecidas... Talvez se não fosse um relacionamento a distância... se eu mesma não creditasse tanta coisa à minha própria patologia, eu tivesse lido com mais clareza o que estava acontecendo... bem... se eu a culpo por tudo isso? não.... se eu me culpo por tudo isso? não.... Mas é a velha história... o tolo busca o culpado e o sábio busca a solução ...o que eu sei pra dizer a respeito vem da minha própria vivência com uma portadora de transtorno de personalidade borderline que não aceita o tratamento adequadamente e usa álcool com remédios.... mas eu também sei, pelo meu convívio com outros borders (iniciado na busca de ajuda pra ela) é que, se cura não existe, existe a remissão... é fácil? NÃO!!! Mas assim como a fibromialgia não tem cura mas tem remissão (eu sou prova viva disso.... tive quase um ano sem saber o que era uma crise) e com a ajuda certa, com a pessoa certa ao lado, com o TERAPEUTA certo e a medicação adequada, sim, pode-se desfrutar de um convívio com certa qualidade.... defeitos mesmo em remissão? Lógico.... sempre haverão.... problemas a viver, coisas a resolver, todos nós temos.... sejamos nós borders ou não... a vida, inevitavelmente, em algum momento nos leva a algum limite... hoje eu estou no meu...


7 comentários:

  1. Nossa! Que história. É realmente muito difícil conviver com quem tem qualquer sintoma, ou está diagnosticado com algum transtorno. As vezes dá raiva da pessoa no momento. Mas, depois passa..mas, ao mesmo tempo eu não sei conviver com as pessoas tanto tempo, sabe? conviver diariamente, preciso de um tempo sozinha, no meu canto. Acho que é bom para não sufocar a mim nem ao outro. Gostei desse depoimento. Adoro seu blog. Voltei a postar no meu..beijooos!!

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  2. Eilan, essa é uma história de vida densa. Acho que se ela tivesse procurado ajuda lá atrás, quando começou a construir a muralha emocional, talvez tivesse tido uma história mais amena. Parece que qdo a gente está mal, as pessoas que a gente atrai são as que justamente se aproveitam das nossas fragilidades... Mas desejo de coração que ela consiga reconstruir sua vida. Bjs

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    1. Concordo com vc Christiane.... essa estrada é cheia de SE's.... se isso ou aquilo. Confesso que não está fácil recomeçar nada neste momento... mas não é a primeira vez que recomeço do nada não é? Enquanto isso vamos indo no desejo intenso de que dias melhores venham...

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  3. Oi Eilian!
    Caramba..que história densa e complexa...mas como disseram acima de fato ás vezes é muito complicado para alguém "de fora" que não sejam os pais, é muito dificil as pessoas conviverem com alguém que tenha os problemas.O ser humano tem a tendência natural de buscar a própria felicidade e conforto e isso sobrepuja o fato de ficar tentando ajudar outra pessoa a alcançar...bom não sei se expliquei direito. E o problema é que muitas pessoas se aproximam justamente por enxergarem a fragilidade...ou quando elas enxergam a fragilidade e os problemas de outrem não querem agregá-los para si, pois em suas concepções já bastam os problemas delas mesmas.
    Fico feliz em saber que curtiu a postagem e achou a idéia de cosplay interessante ^^. A galera realmente se dedica e se diverte o/ Bom, pelo menos é isso o que eu faço rs.
    Sim..no meu caso, praticamente todo mundo acha legal eu fazer cosplay e não condena...até meus pais aprovam e isso é o mais importante. Só uma pessoa não gosta e implica com isso porque tem uma visão deturpada e acha que eu vou nos eventos com cosplay para fazer não sei o quê...o pior é que é uma pessoa próxima á mim e isso é complicado. Ás vezes penso que faz isso só para encher o saco mesmo. Mas eu sei que faço cosplay e vou nos eventos para me divertir de boas se fazer nada errado e isso que importa. Por isso vou continuar até achar que devo parar.
    bjs

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    1. Olá Tsu... Desculpe mas não concordo com tua avaliação... Em momento algum avaliei como perda de tempo ou agregação de problemas extras aos que eu já tinha, investir nessa relação e com certeza, tentei tudo o possível e até o inimaginável para tentar um resgate do que tínhamos e de quem ela era. Infelizmente não posso fazer as escolhas por ela... mas... seja como for, continuo aqui esperando que algo mude dentro dela e ela busque algo que faça da vida dela algo melhor do que tem sido até agora...

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  4. Bom, eu havia prometido que leria com muita calma o post, pq me pareceu muito interessante e de fato o eh.
    Sinceramente, eu fiquei na duvida sobre o titulo do texto, ora em questão:
    Depoimento - A Visão de Quem Não eh border.
    Não?!?!? Será que não mesmo, pois, eu sou diagnosticada Border e tive algumas relações da mesma forma q vc, me submetendo a coisas inimaginaveis, nunca a traição, mas, ate morar com um menino q se drogava e me furtava, dentro do meu proprio apartamento, eu fiz, e, em algumas coisas somos bem, bem parecidas, quais sejam, a de ter uma imensa dificuldade em "virar paginas", demora infinita para sair de relações que jah não nos fazem mais feliz, e, sinceramente no meu caso, a dificuldade eh a mesma, ficar buscando trazer a maravilha q a relação era para o presente, coisa, que de fato nunca consegui, mais uma característica em comum, qual seja a de levar à exaustão uma coisa que jah nos exauriu...
    Uma outra coisa que acontece eh q a sua ultima companheira parecia agir de modo como nunca se fosse te perder e tbm fazendo um pouco caso da relação que eu não costumo ver as pessoas que são Borders conseguirem fazer, até porque nós geralmente "vivemos em função das relações que afetivamente/emocionalmente/sexualmente" conseguimos construir, eh como se isso fosse o nosso oxigênio, e, isso pra mim se assemelhou muito mais a vc.
    Nós temos um medo da perda, seja ela qual for, inexplicável, por isso, fazemos de td para não perder.
    Vale deixar bem claro que não sou médica, nem tampouco profissional da área de saúde, mas, por ter uma patologia, assim, mais uma vez, como vc, fui a luta pesquisar sobre isso. E o que as minhas reflexões me levaram a enxergar esta aqui exposto, espero ter contribuído de alguma forma.
    Qq coisa, sabe aonde me encontrar, me perdoe, mais uma vez pelo lapso temporal entre quando vc me apresentou o texto e quando eu vim a lê-lo e a comentar, mas, queria, deixar o meu depoimento de "corpo e alma", e, aqui está.
    Beijoss..

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    1. Ola Carla, peçlo desculpas por nao ter te respondido antes.... Não amada, não sou border.... tenho depressão melancólica diagnosticada há dez anos e não eu não tenho a necessidade de manutenção de relações falidas pelo mesmo mecanismo que impulsiona o border... imagino que tenhas face então te deixo o link de um outro artigo meu qeu talvez te diga mais claramente a que estirpe de pessoas pertenço... o FATO é que todo border lamenta não encontrar alguém que por amá-lo disponha-se a ficar.... mas não consegue (sem generalizar) entender quando encontra alguem que tem o entendimento de uma outra era... uma era em que as coisas nao eram descartáveis, muito menos as pessoas... de onde venho e da forma que eu fui criada pra ser, a gente não joga fora algo que quebra sem tentar realmente consertar....
      https://www.facebook.com/notes/paula-phoenix-sophia/da-delicadeza-do-amor-e-da-coragem/548004825248102

      De resto.... Namasté

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