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7 de set. de 2013

Transtorno de Personalidade Borderline e o Bullying




Bullying na infância pode causar mais do que danos físicos e psicológicos no seu filho. Um estudo do Journal of Child Psychology and Psychiatry sugere que bullying durante o ensino elementar pode aumentar o risco da criança de desenvolver o Transtorno de Personalidade Borderline.

Em um estudo com 6.050 mães e seus filhos, os pesquisadores  descobriram os que sofreram deste tipo de violência quando tinham entre 8 a 10 anos tiveram um risco maior de desenvolver os sintomas do TPB. Esta informação se confirmou não importando o tipo de bullying que a criança sofreu.

O estudo levou em consideração outros fatores que contribuem para o Borderline, incluindo hostilidade parental e abuso sexual. Embora estes fatores sejam relevantes para o diagnóstico do transtorno, os pesquisadores reportaram que a relação entre bullying na infância e TPB permanece a despeito da presença desses outros fatores.

Quando o bullying infantil foi crônico, significando que ocorreu entre os 8 e 10 anos, o risco de desenvolver o Transtorno de Personalidade Borderline foi 5 vezes maior que em crianças que não tiveram este problema. Crianças que experienciaram bullying físico e psicológico tiveram sete vezes mais risco de se tornarem borders.

Para ver o estudo completo, publicado em Agosto de 2012 na edição do Journal of Child Psychology and Psychiatry, clique aqui.



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ATENÇÃO: O TEXTO ABAIXO PODE CONTER GATILHOS

* Eu posso dizer por experiência própria que o bullying foi uma das principais causas de eu ter desenvolvido o TPB. Não aconteceu tão cedo, mas a partir de mais ou menos 10 anos de idade, eu sofria muito com a maldade das outras crianças e adolescentes, a medida que eu fui crescendo. Colocavam apelidos horrorosos em mim, falavam pelas minhas costas, riam quando eu passava. Falavam de tudo, do fato de eu ser gorda, de ter o cabelo mais seco... Nunca me achei bonita e hoje em dia são poucas as vezes que isso acontece. Cresci com a idéia que você só seria legal e interessante se fosse magra. Principalmente magra. Tanto que quando cheguei a idade mais adulta sentia nojo quando eu por ventura estava mais magra (devido aos milhares de regimes loucos que já fiz) e recebia cantadas, elogios. Pra mim era como se eu só tivesse valor se fosse magra, de cabelo liso e perfeito. 

Ainda hoje, depois de perder muitos quilos por causa da crise desencadeada pelo fim de meu namoro, fico paranóica de ganhar peso de novo, mas também não consigo fechar a boca. Pelo menos, provavelmente pelos remédios, meu apetite diminuiu drasticamente. A fome não me incomoda mais. Acho que isso acontece quando você fica 14 dias sem comer.

É muito cruel isso que acontece. Esta ditadura de beleza, de status... A única coisa que eu sugiro é que os pais monitorem de perto seus filhos, pois essa violência a gente sofre calado, por vergonha. E ela pode nos perseguir por muito tempo.


2 comentários:

  1. Bullying é realmente terrível. O problema é que as crianças que fazem esse tipo de bullying muitas vezes acham que é uma brincadeira inocente.

    Havia na minha sala uma menina bem pretinha. Os meninos a chamavam de "Xuxa". Eu, achando engraçado, a chamava de "Xuxa" também. Até que uma professora chamou a atenção da turma e disse que aquilo era RACISMO. Acho que os professores deveriam explicar para as crianças que fazer brincadeiras sobre o físico de outras pessoas é uma ofensa grave.

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  2. pois eu sempre fui magra mas horrivel nao basta ser magra!!

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