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1 de jun. de 2013

Fica comigo, cara! (2)




Mulher é burra. Todas. Sentimentalmente burras. Com esta frase inspirada escrita por minha grande amiga Vanessa, me ponho a pensar.
Nada mais verdadeiro.

Se o homem pensa com a cabeça de baixo, nós pensamos com a cabeça do lado esquerdo do peito. Aquela merda de músculo que rege todas as nossas decisões, quase que constantemente equivocadas. Pois o cupido, aquele filho da puta, quando mira suas flechas em nós coloca uma dose extra de mel, açúcar e leite condensado. Então, é com a mente enebriada pela overdose de glicose que nos apaixonamos.

Consequentemente viramos e fazemos de tudo para que nosso objeto de desejo perceba o que você já entendeu faz tempo: és a mulher de sua vida. Simplesmente ele é a tampa de sua panela, a outra metade de sua laranja, yin pro seu yang. Somos o que preciso for, a amante latina, puta ou virgem, mãe e pai, amiga verdadeira, pega eventual. Não há limites para a paixão, este território que sempre acreditamos já ter explorado e que acaba se tornando terra inóspita a cada recomeço.

Então você pensa, repete, quer gritar pro mundo (ou desenhar pra ele) - Fica comigo, cara! - eu te ofereço eu e mais um pouco, com minhas loucuras e neuroses, mas também com a pouca sanidade que ainda me resta. Tenho problemas de sobra, mas não vou ligar em pegar os seus pra mim. A cada adeus uma parte de mim se partirá em pedaços, mas eu recolho os cacos e colo tudo até voltares, sem sujar.  Topo tudo, sorvete no parque, namoro no sofá, mãos dadas na pracinha ou pôr-do-sol na praia. Tenho um fogo absurdo que você pode apagar quando quiser, quero trepar todos os dias, louca, sem se preocupar com o que os vizinhos vão pensar. Sou um transtorno ambulante mas, afinal, quem não é? Fica comigo simplesmente. Não me importo com o que você foi, é ou vai ser, tenho uma paciência inesgotável para te escutar e uma crença praticamente doentia que posso melhorar a sua vida. Porque se você ficar comigo, já vai estar melhorando a minha.

E quando (ou se) ele te escutar, você vai torcer todos os dias que aquele senhor simpático, o Vinícius, tenha se equivocado nas letrinhas e que o eterno seja eterno mesmo, que dure. Mesmo que lá no íntimo, saibamos que não. 

* Noite de terça-feira, 29/05,  ainda meio sob o efeito de uma ressaca, leio um texto da minha amiga-irmã lá no blog dela, o Malvadas. Aí me empolgo pra escrever algo diferente de TPB, mesmo que seja bem difícil pra mim pensar sobre isso.
Amiga, amo.


2 comentários:

  1. Bom dia.
    Amei o post.
    Me apaixonei poucas, mas suficientes vezes, pra ficar idiota.
    Sorte minha que tive limites...

    Bjs

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  2. Oi Eilan,

    Na verdade, não que o que sentimos não seja verdadeiro, mas nós borders temos necessidade de nos sentir amadas. Assim somos refratárias. Tem uma música de Anna Nalick que diz: you are the one that nobody verses i love you until you say it first, so you lie, holding your breath, how soon you forget that the night stars they only show when it's dark cause theu don't no they are worth. É isso, nós damos todo esse amor por que queremos todo esse amor, muitas vezes as pessoas a quem damos não merecem, não valorizam e quanto mais amor damos mais seguros eles se sentem e aí começam a pisar, they took us for granted.
    Temos que saber que somos estrelas, mesmo com todos os transtornos.
    Bjs

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