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8 de ago. de 2013
Sobre assassinatos, transtornos e o programa da Sônia Abrão.
Postado por
Nathalia Musa
Você é diagnosticado com um transtorno de personalidade/humor. Começa sua luta pessoal, submerge em terapias, remédios controlados e possíveis internações. Lê tudo que pode a respeito para entender o que se passa dentro de sua mente, para se conhecer e tentar viver neste mundo que infelizmente é dividido entre o "normal" e o "anormal".
Então você começa a perceber os olhares enviesados quando descobrem que você tem um problema de ordem mental. Medo, receio, desconfiança de suas habilidades, como se você mesmo não estivesse confuso o suficiente.
Aí descobre que, além de tudo isso, muitas patologias do mundo são atribuídas a você: matou?envenenou?estuprou?roubou? Tem um transtorno. Como se os ditos "normais" não fossem capazes de nada fora da linha da decência e dos bons costumes.
Um menino de 13 anos é suspeito de matar a família inteira em São Paulo. Choque. Medo. surpresa que uma criança possa ter planejado tão friamente a morte de seus pais e que tenha ido ao colégio logo depois, como se nada tivesse acontecido. A família repudia a idéia, a sociedade se divide em acreditar na história ou numa suposta "queima de arquivo". Os programas de televisão, jornais, fervilham com informações e perguntas a serem respondidas.
Não assisto muita TV. E quando o faço, geralmente é a Globo ou canais da TV a cabo. Qual não foi minha surpresa quando ouvi que no programa da Sônia Abrão, "A Tarde é Sua", do dia 07/08, que estava falando sobre o crime, a possibilidade do menino ser Borderline havia sido aventada. Descobri o vídeo e o diálogo entre o especialista de segurança Jorge Lordello e o psicólogo presentes no programa foi assim:
Jorge Lordello:
- Muita gente fala, e eu já li algo a respeito, de pessoas que estão com problemas de ordem emocional, com algum tipo de problema sério e que precisa de um gatilho pra "startar". A informação que a gente tem é a seguinte: o crime ocorreu no domingo, ok? Ocorreu no domingo, do domingo pra segunda. A informação ela diz o seguinte, que no sábado a noite o Marcelinho tinha uma festa a noite para ir, uma festa bem bacana, de amigos, e os pais não permitiram que esse garoto fosse à festa e ele teria ficado muito chateado com isso. Isso é uma informação extra-oficial, ok? Então, a pergunta é: será que a negativa de pais numa faixa etária de 13 anos, que a gente sabe que é a faixa etária mais problemática, 13, 14 anos, aonde o garoto se acha homem mas também tem cabeça de criança, meio a meio. Então a pergunta é - e se esse fato realmente é realmente verídico, de uma negativa de um garoto querer ir numa festa e não pôde ir, se isso Haroldo, poderia ser um "start" pra desencadear esse grande problema.
Psicólogo (doutor Haroldo):
- Eu inclusive queria dizer ao doutor Itagiba que eu discordo um pouquinho de algumas colocações que ele fez e outras pessoas também que ele não apresentava sintomas, problemas emocionais nenhum. Gente, pelo amor de Deus, um garoto que só vive jogando e jogos de morte, de sangue e diz abertamente pra um amigo que gostaria de ser um matador de aluguel e que vai para uma professora e faz esse tipo de pergunta, se ela já pensou em matar pai e mãe, se isso já não é um sintoma de uma criança que já mereceria a muito tempo uma atenção psicológica, lógico doutor que mereceria, é que as pessoas muitas vezes não sabem fazer a leitura, por isso o que o doutor Nordello colocou aqui pode ter ocorrido sim, ou seja, ele já tinha uma predisposição a uma personalidade borderline em relação aos pais e ficou irritado com uma negativa e partiu pra prática.
Várias perguntas passaram pela minha cabeça: o que ele quis dizer com "personalidade borderline em relação aos pais"? O que o levou a crer que uma reação a uma negativa levaria alguém com tal personalidade borderline, caracterizada pelo impulso e raiva certamente, ao invés de ter uma reação imediata de raiva e descontrole, vai planejar friamente um assassinato que claramente se foi o menino mesmo, já estava na cabeça dele antes? E o mais importante: como um psicólogo cita um transtorno que já é pouco conhecido pelo público de uma forma tão vaga e pejorativa em um programa de rede nacional, onde muitas pessoas podem concluir que a personalidade borderline se resume a matar friamente pai e mãe com uma arma?
Não estou aqui questionando o psicólogo e sim a forma infeliz que ele citou o problema. Como eu vi reações indignadas e surpresas no Facebook, como fiquei imaginando como reagiriam pessoas recém diagnosticadas ao ver tal relação ser desenhada em um programa de televisão. É preciso responsabilidade quando se cita qualquer transtorno, não só o Borderline, pois a falta de informação já é geral e preconceito também. Nós, os com "problemas mentais", já temos que enfrentar nossas batalhas diárias para termos uma vida saudável e plena, certamente não precisamos de mais notícias sem muita base e com um fundo que pode criar uma falsa definição de nossa patologia.
Vou mandar este post como e-mail para o tal programa e peço que vocês façam o mesmo, espalhem este protesto indignado que não é só meu, mas de todos que vivem com transtornos e só querem que o mundo lembre que não são só isso. São seres humanos.
Marcadores:transtornos
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ResponderExcluirNem todos matam. Quem mata não é porque têm transtorno mas porque por algum motivo foi levado a tal coisa...mas, não é porque alguém que tem transtorno bipolar, boderline vai matar. Pessoas consideradas comuns também matam por paixão passional. Matar é um comportamento talvez biologico, social, economico. Mas, quem tem transtorno costuma matar a si mesma. ( suicidar). Estou colocando isso aqui por um assunto que surgiu de um garoto ter um transtorno e por isso matou a família. Pra mim continuo achando que tem uma cena mal colocada, mal analisada e de suspeita contraditória. Psicopatas matam e não são considerados como um transtorno emocional. Psicopata é considerado um transtorno de conduta. (Psicóloga e analisando sobre minha perspectiva)
Me sinto atingida por declarações como essa. Existe tantos mitos e barreiras que temos que transpor, já sofremos tanto preconceito. Não sei o que se passou com o garoto, não se pode fazer um diagnóstico com base em tão poucos fatos. É uma irresponsabilidade do profissional declarar tal coisa.
ResponderExcluirbem Eilan.. só fiquei sabendo por cima do episódio e li umas partes que aqui postaste.. tv só nos alimenta de coisas negativas, novelas baixas e filmes que mais tem sexo, drogas e tiroteios.. então a sociedade tá dificil de despertar .. e embora existam milhoes de possibilidade pelo ocorrido eu tendo feito regressões e visto muitas coisas só posso dizer.. que quem sabe do passado desse garoto.. se lá em outras vidas a familia dele não foi toda morta.. muita gente acha loucura , não acredita.. mas agente leva tendencias de lá de trás.. se numa vida vc foi morto.. na próxima vc matará quem te matou.. e isso sucede até que um dos lados quebre o laço e perdoe.. medos, frustrações,traiçoes, ganhos, perdas, pode ter certeza que as tendencias permanecem em nós.. e temos que acordar... bem tenha um lindo dia bjs
ResponderExcluirQuerida Eilan realmente a colocação que esse psicólogo fez foi realmente muito infeliz da parte dele, é triste ver que ainda existe tanta falta informação correta sobre transtornos mentais, principalmente o Borderlaine, por tudo que pesquiso e leio, acho improvável esse garoto ter transtorno Borderlaine, pelo menos é meu ponto de vista, visto pela frieza e o modo calculista do assasinato, isso não é típico de Borderlaines, fico muito triste com isso!!!
ResponderExcluirTava aqui no seu blog (sempre leio) e, pra mim, é como se fosse outra pessoa. Acho que essa coisa de transtorno, doença mental, etc, que você cita nos posts parece muito distante do meu modo de ver as coisas. É claro que é realmente importante você conhecer o transtorno e entender muitas de suas atitudes que podem ter sido influenciadas pelos sintomas, bem como fazer as pessoas que te cercam conhecê-las. Acho o máximo você não só conhecer, mas também divulgar e dessa forma, ajudar outros a se superar.E você tem feito um trabalho extraordinário! Mas essa tal divisão entre pessoas "normais" e "anormais", na prática, não deve existir ou não é percebida pela grande maioria das pessoas. O que as divide são os comportamentos, as atitudes. Uma pessoa com qualquer transtorno pode conviver muito bem, sem que ninguém nem se dê conta ou lembre que ele existe, pois o que importa é a forma de interação. Agora se ela está histérica ou visivelmente deprimida(ou mata alguém!)... isso chamará atenção e muita gente não sabe como agir diante de um terreno desconhecido, evitando-o. O que quero dizer é que não há que se criar uma divisão, não existe um lado ou outro. Pra mim você é a Tati, repleta de idéias revolucionárias, afirmativa, inteligente, emocional, dotada daquele humor sutilmente irônico que eu adoro! Você é isso. E nos momentos que você tá mais frágil você é a mesma "Tati, repleta de idéias revolucionárias, afirmativa, inteligente, emocional, dotada daquele humor sutilmente irônico que eu adoro!" mas que tá tristinha, precisando de um colo e só. Nunca vai ser a prima com transtorno borderline, talvez seja uma coisa que está mais em você mesmo do que no seu interlocutor. Pode acreditar! PS: sei que não tem muito a ver com seu post, mas me ocorreu quando o li, e queria deixar essa reflexão. Nunca SE permita ser excluída, nem diferenciada, a não ser por suas qualidades que são inúmeras e maravilhosas! Não seja a Boderline 24hs, por mais que você ache que é... Te adoooro. Mone
ResponderExcluirAquele programa tem o dom de abordagens cretinas, e você se se sentiu atingida, tem mais que agir mesmo. Esse caso em particular, em especial, ainda vai gerar muita especulação. É muita gente querendo investigar, dar laudos e pareceres médicos, espirituais, enfim. Daqui a pouco eles abrem outra possibilidade, tu vai ver só.
ResponderExcluirUm beijo, menina.
Minha opinião é que o garoto sempre foi o assassino, mas ao longo de algum tempo me questionei se alguém usou o garoto e por de trás dele o induziu a realizar tal fantasias macabras em vista que seria alguém que teria revés com os pais policiais...
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