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9 de ago. de 2013

Dissociação





(post da minha colaboradora Perséfone!)

É bem difícil explicar esse sintoma, os que já tiveram devem entender melhor, mas pelo que pesquisei a experiência é bem de cada um.

Nós borders somos bem seletivos, eu sou o cúmulo da seletividade então escolho até memórias. Existem lapsos de memória meus que tem duração de meses, o maior foi de um ano. Onde estive durante esse tempo? Dissociada. A verdade é que sempre há algo que me incomoda tant na realidade que eu resolvo tirar "férias" de mim. Não é bem resolver por que não tem um processo pelo qual você consiga "ir".

Eu não bebo nem uso drogas, pelo menos as não prescritas, mas sou viciada em leitura. Quando a realidade começa a ficar sufocante eu começo a ler mais. Em doze dias li quinze livros. E eu comecei a viver os livros aquelas "realidades ficcionais" (bom paradoxo), se tornaram mais reais do que a minha realidade, de acordo com as pessoas a minha volta eu ficava lendo e dormindo, comia lendo e nem queria tomar banho. Dormia exausta, às vezes com enxaqueca vomitando, ler sem parar tem esse inconveniente. Eu não lembro ao certo o que aconteceu. Quando você tem uma convulsão, você se bate toda é capaz de arrancar a própria língua, as pessoas tem que te segurar e impedir você de serrar os dentes, quando passa você não lembra de nada, mas as pessoas ao seu redor estão chocadas e com medo de você, você vê os hematomas mas não sabe direito porque todos estão agindo como se você fosse quebrar, certo? Bem, a dissociação é assim. 

Assustador, mas o que estou tentando aprender é a não precisar "adoecer" para sair de uma realidade sufocante. Se nós formos sinceros conosco e com os outros, dizer que aquela atitude te machuca, que você não suporta, é melhor do que "fugir". Muito difícil fazer isso, as outras pessoas não entendem o porquê de eu não suportar coisas tão normais. Mas eu não suporto e pronto. Ajuda se entender e se aceitar, pra isso é necessária a terapia.

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Gente, vou fazer uma série de podcasts com algumas dicas para a gente ficar melhor, dicas que eu recebo de uma lista de e-mail baseada na Dialética Comportamental. São curtinhos e espero que sejam úteis!!

como se acalmar usando a música!
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Com mais de 500 mil exemplares vendidos somente nos EUA, "Pare de pisar em ovos" lida com um tema marcante nos dias atuais: o transtorno de personalidade borderline (TPB). Este livro busca entender este transtorno destrutivo, estabelecer limites e incentivar amigos ou familiares com o transtorno a deixar de lado comportamentos perigosos. Ele discute as últimas pesquisas sobre um problema caracterizado pelo limite das emoções e apresenta técnicas de comunicação e estratégias de enfrentamento para que o leitor possa equilibrar seu relacionamento com um borderline.

O Blog Borderline-Girl está sorteando, em parceria com a Editora Fontanar, dois exemplares deste livro. Para concorrer basta seguir estes passos:

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O sorteio acontecerá dia 20/08!

5 comentários:

  1. fiz tudo só não consigo preencher a tal ficha pq diz lá que não tem sorteios mais...???

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  2. Eu sou tão seletiva q vivo só... encontro defeitos inaceitáveis em td mundo e me afasto... enquanto vc lê eu vejo novela, um hábito q nada de bom me acrescenta, e de acordo c minha religião é estar em pecado, pois bem...tô levando minha vida assim... sem sentido nenhum, apenas vendo o tempo passar, vendo a vida de td mundo se ajeitar e a minha estacionada, sou border...

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  3. Sei bem do que vc está dizendo. Esse vício na leitura eu também tive. Quando engravidei aos 19 anos sem a menor vontade de ser mãe eu não queria pensar no assunto e li todos os livros que existia na minha casa (cerca de 50) em apenas um mês, só pra não pensar no assunto. Mas ainda bem que aprendi cedo a dizer o que não gosto e não aceito (cada coisa que para os outros era um absurdo) e cedo também fiz muitas inimizades, até dentro de casa, porque as pessoas não te entendem e também não aceitam suas "excentricidades". Sofri muito nesta vida, mas já sai da posição de vitima e tomei as rédeas da minha vida. E vivo como dá, sem reclamar mais.

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  4. Eilan, amei o post.Cada pessoa tem seus limites, e ninguém vai entender mesmo.
    Li seu post anterior que falava do programa da Sonia Abrão. É lamentável que pessoas que podem ser formadoras de opinião,passarem uma informação incorreta dessa maneira.
    Se foi realmente o garoto, ele não teve um ataque de fúria, um descontrole. E tb ninguém vai poder fazer ele reviver para fazer um diagnóstico. Além de protestar por e-mail, tem que se fazer um boicote para esse programa.
    Eu tive problemas para fazer o login no meu blog e como não consegui encontrá-lo,criei um blog no WordPress:
    pontocruzdachris.wordpress.com.
    Eu desfiz o meu perfil do facebook, fui eu mesma..rsrs.. É muito chato ter gente controlando os passos da gente, á distância. Me rebelei!
    Te desejo uma ótima semana. Vou estar sempre por aqui.
    Um super bj

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  5. tenho MUITAS dissociações. muitas mesmo. nunca lembro de nada depois, mas elas não costumam durar muito, no máximo algumas horas.

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