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29 de set. de 2013

A Conexão entre o Transtorno de Personalidade Borderline e Genética





Se você tem o Transtorno de Personalidade Borderline, significa que seu filho vai ter também? Se você tiver pai ou mãe com o TPB, você vai ter sintomas do transtorno?

De acordo com Timothy Trull, Ph.D., professor de psicologia na University of Missouri College of Arts and Science, existem fortes evidências que a resposta para estas duas perguntas é "sim".

“Há uma boa evidência que encontramos um aumento de taxas da existência do borderline em parentes de indivíduos alvo que tem o TPB, quando comparados com pessoas cujos parentes não tem o transtorno" Trull disse durante uma palestra na NEA-BPD.

Porque há 258 formas diferentes que alguém pode se enquadrar no critério de diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline, Trull disse, o transtorno pode ser que seja heterogêneo.

“A boa notícia é que estamos encontrando uma dimensão básica que descrevem as relações entre os sintomas muito bem", ele disse. "Isso é bom para a pesquisa genética, porque a primeira coisa em estudos genéticos é ter um fenótipo bem definido".

O TPB é de família?

Estudos mostram crescentes incidências de Transtorno de Personalidade Borderline em pessoas que tem parentes - geralmente em primeiro grau - que também sofrem do transtorno. Isso é mais frequente em um dos pais sendo Borderline.

“Nós temos estimativas que qualquer lugar de 9% a 25% daqueles com parentes diagnosticados com o Transtorno de Personalidade Borderline experienciaria algum tipo de patologia borderline" Trull disse, "o raio dependendo da severidade do diagnóstico, paciente ambulatorial x paciente internado, etc".

Ele sugere que então que ambos o TPB e traços do transtorno, parecem ser de família.

Estudos em Genética e o TPB

Ao falar sobre maneiras diferentes que esta conexão tem sido estudada, Trull sugeriu que os estudos em famílias adotivas seria útil no monitoramento dela. Mas não há nenhum.

"Em estudos de adoção você tirar proveito de algo que acontece por acaso", sugeriu. "Uma criança com um dos pais biológicos (geralmente a mãe, uma vez que seria mais fácil de controlar) com Transtorno de Personalidade Borderline é, por qualquer motivo, abandonada perto do nascimento e colocada em um lar adotivo.

"Se você rastreia essas crianças versus crianças que tinham mães biológicas sem TPB, você pode olhar para as taxas de TPB na medida em que você potencialmente encontra taxas mais altas de Transtorno de Personalidade Borderline com crianças que tinham mães com TPB, embora você não tenha a influência ambiental daquela mãe biológica. "

Embora os estudos de adoção em relação ao Transtorno de Personalidade Borderline ainda não existam, existem estudos com gêmeos em andamento. Estes são valiosos no fato de que os gêmeos idênticos compartilham quase 100 por cento de sua composição genética.

Monitorar a ocorrência de Transtorno de Personalidade Borderline em duas pessoas com, praticamente falando, a mesma constituição genética e em um ambiente compartilhado é importante no estudo genético de TPB. Ainda, Trull leva em conta o elemento de efeitos ambientais únicos.

"Estes são efeitos únicos. Não experiências compartilhadas pela família, mas as experiências que aconteceram a um indivíduo fora do contexto da família ", disse Trull. "Por exemplo, uma experiência de trauma ou estupro".

(tradução livre de "The Conection between Borderline Personality Disorder and Genetics")

3 comentários:

  1. é a primeira vez que ouço falar que TPB tem relação com genética, de certa forma, torna o diagnóstico um pouco menos sombrio e dá uma margem de possibilidade de realizar o tratamento terapêutico mais cedo...bem, é só uma suposição, mas é uma boa notícia, ao menos considero assim!

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  2. Em família conhecida a mãe tem o diagnóstico BPD, bem como uma das filhas. A outra filha não tem qq. característica BPD. Sem dúvida a genética + meio favorecem, mas depende tb. do aparelho psíquico de cada um

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  3. Boa tarde, preciso de conteúdos ligando o fator genético ao Borderline, você pode me ajudar ?

    William.moreira@deltamaq.com.br

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