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11 de nov. de 2013

Reaprendendo a ficar com raiva




Pergunte-se: "Vale a pena?"

Acalmar a raiva não acontece naturalmente. Tenho que admitir que tenho temperamento forte. Dito isso, tenho feito progresso em aprender como expressar minha raiva. Antes de reagir, paro e pergunto-me: "Vale a pena?" 

Vale a pena se cortar depois? Vale a pena ficar com fama de passional? Vale a pena tudo que já evoluí? Vale a pena me prejudicar com minhas próprias reações?

Pergunte-se coisas assim. Mais frequentemente do que você pensa, vai ver que a resposta é "não". E quando a resposta é "não", você vai se dar conta que é mais fácil se acalmar e responder racionalmente.

Veja o lado bom.

Acredite em mim, isso não me acontece naturalmente. Na verdade, tenho que me esforçar horrores e na maioria das vezes só consigo bem depois que a situação passou, muitas vezes com a ajuda de minhas terapeutas. Leva-se muito tempo pra não se limitar a dizer o lado bom, mas também sentir. Dizer é o primeiro passo.

O lado bom é: tenho um emprego, consigo pagar a maioria de meus tratamentos e consigo comprar meus cigarros. O lado bom é que estou fazendo o que gosto, o blog e meu canal têm muitos acessos, então estou ajudando muitas pessoas, depois de tanto tempo consigo fazer o que eu gosto novamente, já estou entrando no shopping sozinha.

Como eu já disse, isso não me acontece naturalmente e provavelmente não vai acontecer com você. Não fique desencorajado, essa é uma habilidade que melhora com a prática. Estou melhor do que eu costumava ser e você vai ter progressos também. Comece dizendo o que não está errado na situação - por exemplo: se eu tiver frustrada por ter me atrasado, posso lembrar que chegarei ao destino e pelo menos tenho um lugar para ir, e não adianta querer bater em todos os carros para que o trânsito flua mais rápido. Há sempre algo, mesmo que seja um simples "Eu não me cortei/fiquei bêbada/criei expectativas loucas hoje".

Reconheça sua Raiva

Isso não significa que você tem que enfiar a raiva dentro de si e deixá-la apodrecer. Pelo contrário, o primeiro passo para aceitar a vida como ela realmente é reconhecer sua raiva. Dizer para a pessoa - ou para a situação - "Estou puto porque isso aconteceu" ou talvez algo mais educado do que isso. Seja honesto. Diga como se sente e preste atenção na sua reação. Muito frequentemente você vai perceber que há uma razão perfeitamente razoável por trás daquilo que está chateando você, ou que há um ângulo que você ainda não considerou para estudar o problema. 

Uma vez que você admita que está zangado, se pergunte o que você quer fazer com essa raiva. Já que há pouco o que se possa fazer para mudar a sittuação, podemos escolher como reagir a ela.
Eu mesma venho pro blog e escrevo. Decidi tentar canalizar minha raiva em algo produtivo - escrever/fazer ioga/fazer unhas decoradas/trabalhar. Decidi tentar não me cortar, não me embebedar.

Diga a si mesmo: só por hoje eu vou tentar pensar antes de reagir. Por hoje.

(tradução/edição livre do artigo "Relearning How to Be Angry")





2 comentários:

  1. Òtimo texto e ótima dica, o ruim é como fazer isso antes de explodir. Sempre faço as coisas ou penso racionalmente quando tudo de ruim ja aconteceu, quando vem a culpa, a dor... È preciso fazer algo para não chegar a explodir. Mas essa é a questão. O que fazer? Como controlar a raiva? Como controlar os impulsos. È tão difícil pra mim...
    Acabo fazendo tudo errado e perdendo pessoas que gostam de mim e querem me ajudar. Isso me deixa muito mal mesmo!

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  2. Criar expectativas loucas é o que mais acaba comigo, achar que as pessoas irão me surpreender positivamente, que serão sempre legais, que farão o que quero, que estarão ali sempre quando eu precisar. Demorei muito para reconhecer minha raiva, que é bem grande, e ainda mais para admiti-la para os outros. Procurei excluir da minha vida as pessoas que despertam sensação de amor e ódio em mim ao mesmo tempo, o que me descontrola bastante, pelo menos as que não acrescentam nada a minha vida, e é bem renovador, recomendo.

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