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21 de mai. de 2014
Relacionamentos com borders (trocando experiências)
Postado por
Nathalia Musa
(e-mail recebido)
Olá! Parabéns pelo blog, muito dinâmico e elucidativo.
Dos fatos: Namorei por um período breve de apenas 5 meses, mas fazia tempo que não me envolvia tão a fundo como me envolvi com essa garota, a princípio já entrei na história do relacionamento muito preocupado, afinal tenho uma filha de 7 anos (que a mesma admitiu não gostar), e ela é 23 anos mais jovem do que eu!!!!
E pra resumir a novela mexicana, depois de inúmeras discussões, uma delas durante uma viagem de férias, que estragou por completo a viagem e quase deu morte no aeroporto no retorno. A última discussão ocorreu na véspera de um exame que a mesma precisava realizar, e após a briga eu não pude acompanhá-la porque o clima era tenso. Para piorar ela acabou indo parar numa UTI, onde ficou por 7 dias devido à choque anafilático. Fui quase todos os dias visitá-la nesta UTI. No começo da relação e até antes quando conversávamos, eu sabia que ela tinha uma paixão mal resolvida de 8 anos, mas muitas vezes que eu questionei ela respondia: "Mas veja eu estou aqui com vc". Muito provavelmente o aqui com vc seria apenas o corpo. Pedi para meus caminhos fossem abertos, as duas situações de brigas foram muito tensas, pensei que seria o momento para me afastar, mas por amá-la tanto, a coisa foi se arrastando, até chegar na ocasião em que ela acabou indo para uma UTI.
Numa última visita que fiz, o enfermeiro estava perguntando o que faria com os rascunhos que ela tanto tinha escrito por ocasião das visitas, afinal ela estava com entubação o que dificultava a comunicação. Ela respondeu que uma prima dela gostaria de levar de recordação, o enfermeiro disse que precisaria verificar quais folhas continham dados do tipo nome e idade de pacientes da enfermaria para jogar fora e devolveu um bloco de folha A4 para a prima guardar, mas nesse momento da devolução ele deixou próximo à cama a e não teve como eu não ler, a sensação foi de que era o destino me dando mais uma cutucada, me senti como se eu descobrisse ali que namorara até então uma jovem casada. Porque nos rascunhos ela afirmava que queria ter filhos com fulano, apresentava o fulano não sei para quem, talvez equipe médica, como sendo o grande amor da vida dela, etc, etc. Ela ficou muito desconcertada, mas caramba ela estava numa UTI eu tinha que me controlar e engolir seco. Me abraçou disse que decidiria ao sair, que gostava dos dois, isto foi há quase uma semana atrás.
Já li muita porcaria na internet, até uma cartilha de como se desligar de uma pessoa borderline, mas nesse blog encontrei coisas muito mais sensatas e menos bizarra. A garota quando entrou na minha vida eu sabia que ela pausava o namoro com o tal cara de 8 anos e saia e ficava com inúmeros outros. Mesmo sendo um tanto quanto machista/conservador, na minha atual fase da vida eu consegui conduzir tudo isso. Mas essa do rascunho foi demais, não pensei em me desligar dela, como sugerido na cartilha que falei anteriormente, mas mesmo sofrendo muito, resolvi ajudar à distância, no tocante às situações de rotina de saúde. Desde então evito contato visual de qualquer natureza, mas estou sofrendo muito com tudo isso, pois a amo muito, mas não queria passar ou promover um constrangimento de estar num ambiente que de repente pode ser frequentado por mim e pelo namorado anterior.
************************
Então, qual a minha opinião sobre isso: antes de sermos borders, somos seres humanos e não temos o direito de magoar as pessoas. Para não fazermos isso existem os tratamentos, remédios... A responsabilidade de melhorar é muito nossa. Esta pessoa estava sofrendo por causa das indecisões desta menina e resolveu se afastar... quem sou eu para julgá-lo? As pessoas tem direito de se proteger sim. Os mais extremados podem achar que ele a abandonou, porém ele não o fez - ajuda a distância, e aguentou bastante coisa.
Se ela realmente o quiser, tem que fazer um compromisso primeiro consigo mesma para melhorar e para tentar não magoá-lo. Conseguimos isso sim, não é fácil, exige tempo e muita luta. O importante é não sentar e simplesmente colocar a culpa no TPB e esquecer que temos que fazer nossa parte.
bjos da Eilan :*
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Marcadores:comportamento borderline,depoimentos,emails
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Eu comentei algo antes, mas como não sei se foi enviado, vou recomentar rsrs
ResponderExcluirVenho acompanhando seu blog desde que a descobri, ainda essa semana, e digo com total certeza que sou seu fã.
Antes de mais nada queria dizer que também sou BORDERLINE. Tenho 25 anos e pelo menos desde os 15 sofro com esse problema. Pior ainda pra mim, que sou homem, e como mais da metade dos pacientes borders são mulheres, nunca consegui encontrar nada, nem ninguem que dividisse comigo minhas experiencias. Mesmo voce sendo mulher, acho que voce me traduz e, mesmo apesar do blog se chamar BORDERLINE GIRL, não me sinto out desse mundo. Quem sabe eu não conheça outros caras que passem pelo que eu passo, pq pra nós homens sempre é muito dificil assumir os sentimentos, ainda mais quando são desenfreados e desproporcionais, desmedidos, como o que sentimos.
Continue, continue, continue!!!! NAO PARE!
Estou com voce, se precisar, me chame. Venho correndo.
Abraços do amigão
Fernando