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9 de abr. de 2013

Alcoolismo.



O que é alcoolismo?

Nem todo consumo de álcool configura o alcoolismo. Define-se o alcoolismo como o consumo excessivo, duradouro e compulsivo de bebidas alcoólicas, o qual degrada a vida pessoal, familiar, profissional e social do indivíduo. Diz-se que uma pessoa é dependente do álcool quando ela não tem mais forças para interromper o consumo e, se o interrompe, apresenta sintomas desagradáveis que cedem com o retorno ao álcool. A esse fato chama-se abstinência.

Antes da dependência ocorre a tolerância, que é o fato de uma pessoa precisar de doses cada vez maiores para produzir os mesmos efeitos que antes conseguia com doses menores.

O álcool também pode ser consumido “socialmente” sem que a pessoa se torne alcoólatra. Na verdade, dentro do consumo “social” de álcool deve-se considerar como aspectos separados e clinicamente específicos:
O abuso do álcool, que é o consumo excessivo, mas episódico.
A intoxicação aguda ou embriaguez.

Ambas as situações podem gerar eventos desagradáveis e graves como alterações do comportamento, coma, ataque epiléptico, acidentes de vários tipos, desastres automobilísticos, etc.

Quanto ao alcoolismo propriamente dito, temos que considerar a dependência ao álcool e a síndrome de abstinência do álcool, ambas com consequências muito deletérias.

Segundo a revista médica “The Lancet”, dois bilhões de pessoas no mundo consomem álcool, das quais mais de 76 milhões têm problemas com esta substância. No Brasil, diversas estatísticas apontam que o alcoolismo afeta entre 3 e 6% da população, havendo uma prevalência de 5 homens para cada mulher acometida pela doença.

O alcoolismo gera custos muito altos para os serviços de saúde em todo o mundo, além de outros representados pela queda de produtividade, pois os alcoólatras têm os seus rendimentos profissionais seriamente prejudicados ou ficam impedidos de trabalhar.


Este tema é um pouco fora do TPB, mas tem a ver com a minha vida. Meu pai é alcoólatra. Não bebe a mais de 30 anos. Ao contrário da crença popular, uma pessoa não está alcoólatra, ela é. Não importa se não bebe mais, sempre há o perigo do primeiro gole.
Não tenho lembrança nenhuma de meu pai bebendo, pois quando ele parou eu ainda era bem pequena. Depois disso nem um chopp, uma dose, nada. Mas antes minha mãe conta que meu pai começava o dia no bar, tomando doses de variadas cachaças. Ele não era violento com ela, mas seu comportamento acabou levando à primeira separação deles. A coisa foi tão séria que as visitas dele a mim eram monitoradas, ele não podia me ver sozinho. Ele mesmo me conta que tinha uma garrafa de whisky na gaveta do trabalho.
Então foi a um tratamento, entrou no AA e se limpou. É inacreditável o trabalho deles. Depois de sóbrio, meu pai tem um medo absurdo de qualquer coisa relacionada a álcool. Já o vi cuspindo fora no meio de um shopping um bombom de licor que ele havia comido por engano.
Engraçado eu estar tocando neste assunto a vários posts. É interessante porque quem me vê beber hoje em dia não imagina que eu comecei até tarde, pois em casa sempre houve um pânico de permitir que eu tomasse qualquer coisa. Lembro-me de que com 15 anos e resolvi repetir uma taça de champagne no ano-novo e foi o caos. Para quem não sabe esta doença pode se passar hereditariamente, portanto tanto eu como meu irmão temos chance.
Não acredito, entretanto, que nenhum de nós dois a tenhamos. Claro, tanto eu quanto ele muitas vezes exageramos, mas conseguimos parar.
No final das contas, posso dizer muita coisa de meu pai, mas não que ele não tenha força de vontade. Apesar de ter sequelas comportamentais do vício até hoje, admiro sua postura. Quase ninguém acredita que ele não bebe, porque ele serve bebida aos outros, tem bebida em casa, brinca muito...
Acabou que casa de ferreiro, espeto de pau. Apesar de nem meu pai nem minha mãe fumarem, de meu pai estar limpo e minha mãe só beber ocasionalmente, acabaram criando dois filhos fumantes e consumidores (as vezes assíduos) do álcool.
Freud explica.

9 comentários:

  1. Olá!
    Eilan
    apesar de ser um fumante... que JÁ me trouxe grandes problemas, eu, igual a muitos descendentes d cor amarela /asiática, li a respeito disso, tenho baixa tolerância ao álcool. Por isso mesmo bebo quase nada.Nem cerveja.Um copo de vinho Casillero é o máximo que tomo. Fiquei muito feliz que seu pai conseguiu "limpar", por isso digo que nada é impossível, basta disciplina, orientação e determinação...até vou ver se consigo parar de fumar!
    Quanto ao selinho...Obrigado pela referência e indicação. Para mim tanto faz:imagem ou código!Faz uma postagem.Obrigado!De coração!
    Bom dia
    Beijos

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  2. Oi querida
    Meu pai também foi alcoólatra até se tornar evangélico, ele tinhas era um garrafão de pinga embaixo da pia, uma dose dela era o dafé da manhã dele, e eu me lembro disso. Na minha família a maioria fumava e bebia socialmente antes de se tornarem cristãos. Eu me tornei cristã muito jovem, mas te digo com toda sinceridade que nem o cigarro, nem a cerveja me atraem. Além do mais para nós que tomamos remédios fortes, a bebida alcoólica é muito ruim, pois "corta" o efeito do remédio. Pense nisso, as vezes vc pode estar "boicotando" seu tratamento, e não vale a pena, pelo pequeno e momentâneo prazer que o álcool traz #fica a dica.
    Bjos. #tamo junto.
    http://ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com.br/

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  3. Meu irmão também bebia muito, era chato, quase agressivo, inconveniente... Então sob uma ameaça de hepatite tipo alguma coisa bem séria, teve que parar de beber enquanto esperava o resultado dos exames.

    Ele não tinha hepatite, foi só um susto. Mas já se passaram mais de cinco anos e ele nunca mais colocou um gole de álcool na boca. Fico feliz por quem consegue.

    Um salve pra eles, meu irmão e teu pai.

    Beijo, Naty!

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  4. Eilan! Fiquei muito feliz com tua visita! Mais feliz ainda por quereres participar do Blog Novo/Veterano! Te agendei para a semana que se inicia em 06 de maio! Preciso que me envies uma imagem que, em tua opinião, melhor represente teu blog! Meu email é: elaine.averbuch@gmail.com
    Parabéns! Teu blog é muito interessante!
    Abraço carinhoso!
    Elaine Averbuch Neves
    http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/

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  5. O alcoolismo não tem cura, acho até que é das pior dependência, deixa-se de beber quando se ganha autocontrolo, volta a beber quando ganha a autoconfiança.
    Obrigado pela sua sempre simpática visita ás minhas humildes fotos.

    Abraço

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  6. Naty..eu tenho um conceito bem radical sobre o álcool. Ele é forte, e você vira muita vezes alcoolatra sem perceber. E não acho que a pessoa inicie bebendo muito, as vezes começa no socialmente, e no meu pensamento boa parte da população sofre com isso e nem sabe. As pessoas bebem para se divertir, bebem para esquecer que estão triste, bebem para ajudar a fugir dos problemas. Para mim, eu penso que não sofrer com álcool não é só saber parar, é conseguir viver a vida SEM ele. É saber que na minha família pessoas sofrem com isso e posso ter essa doença, porque é hereditário, muitos bebem...e beber anestesia, e é ilusão, não passa o sofrimento da alma por dias...única coisa que passa é enfrentando e sabendo que da sua própria força, a pessoa vai melhorando. O primo do meu marido morreu de cirrose, um tio meu também. Morrer pode parece legal por acabar a dor, mas não é quando está sofrendo com uma doença que vomita sangue...aff! Foi meio traumatico saber como ficou o primo do meu marido...eu fiquei meio em choque que nem socialmente eu bebo mais...e esse socialmente era bem raramente, que para mim beber socialmente não é beber todo final de semana como as pessoas acham. A pessoa que bebe todo fds nem percebe que não consegue se divertir e viver a vida sóbrio. Mas, o que me ajudou foi uma vez que passei mal...e normalmente quando passo mal eu não consigo mais conviver com aquilo. Acho destruidor. Não é lição de moral não é apenas uma reflexão. Viver é melhor, mesmo que em momentos sofremos...mas fugir me faz sentir fracassada, por isso enfrento a dor de cara...depois passa e se não passar, sei que alguma coisa no meu corpo é saudavel!! E vou lutar para as coisas continuarem melhorando..sempre! Mas, quero buscar e encontrar uma vida suficiente e satisfeita sem vícios, e sem me machucar, escolhi sempre ser assim..beijosss e tamu juntooooo!=)

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  7. HAHA coitado do Freud! Parabéns pelo seu pai! O meu pai também é de beber bastante, mas não chega a ser alcoólatra. E tenho o maior orgulho da minha mãe, que depois de tantos anos, está sem fumar há 2!
    Força para vc e para o seu pai.
    Bjs, Lavi.
    acidia28.blogspot.com.br/

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  8. Puxa... tenho tanto a falar sobre o assunto, mas de repente não sei se é
    o tempo.
    Mas posso dizer que sei bem do que seu texto fala,
    meu pai era alcoolotra e morreu sem deixar de beber:cirrose.
    Minha mãe bebeu direto por 7 anos e depois que parou de beber compulsivamente, uma gota ja a deixava transtornada.
    Meus 5 irmãos bebem e acabei de perder o caçula deles com menos
    de 40 anos. Apos a internação para livrar-se do vicio viveu 4 anos de queda em queda e morreu sozinho durante uma crise de abstinência, por tentar não recair sem ajuda. Foi encontrado sem vida 4 dias depois de morto.
    Ta vendo?
    Não são historias bonitas.
    Bjins

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  9. O Pai da minha amiga de infância também era alcoólatra e qdo parou já era tarde, acabou morrendo mas pelo menos tinha saído das ruas.
    Ela acabou virando alcoólatra também, pois tinha Borderline e não sabia, usava o álcool como anestesiante para suas emoções. Hoje luta contra os dois trantornos em sua vida infernal. Perdeu casamento, filhos, trabalho e tá toda individada.
    Conselho meu:
    Não se iluda o álcool vai acabar te dominando e te tornando dependente também.
    Pare enquanto é tempo!

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