Amigos:
-
-
PressãoHá 3 semanas
-
DomingoHá um mês
-
-
-
Vem...Há 2 anos
-
Há 2 anos
-
O DomingoHá 2 anos
-
-
O amor, somente eleHá 4 anos
-
-
FériasHá 5 anos
-
-
-
-
-
-
-
MulherHá 8 anos
-
-
Victoria (2015)Há 8 anos
-
Uma palavra e… adeus sexo!Há 9 anos
-
NOVO BLOG!Há 9 anos
-
-
-
-
A sua própria aceitação.Há 10 anos
-
O que aconteceu comigo ?Há 10 anos
-
Teorias e desabafosHá 10 anos
-
Voltei em outro blog...Há 10 anos
-
-
-
Chega de Bullying. Não fique calado!Há 11 anos
-
Vai melhorar.Há 11 anos
-
Mensagem triste mas realista!Há 11 anos
-
-
-
-
TPB
comportamento borderline
devaneios
depoimentos
amor borderline
músicas Borderline
automutilação
dicas
relacionamentos
transtornos
crise
diário
amor
mês da consciência TPB
coisinhas da Eilan
saudades
terapia
amigos
família
música
gatos
terapia dialética comportamental
vídeos
emails
carência
podcast
insônia
álcool
colaboradores
dissociação
felicidade
mindfulness
suicídio
#ProjetoEuMeAmo
Adele
Burlive
depressão
impulsividade
poesias
Evanescence
anorexia
ansiedade
bulimia
compulsão alimentar
drogas
gatilhos
internação
medo
notícias
remédios
selos
transtornos alimentares
#Paula
Dupla Identidade
Promiscuidade
Sexo
ioga
raiva
validação
vinho
4 de abr. de 2013
Borderline e a Auto-imagem II - Se sentindo sem valor.
Postado por
Nathalia Musa
Resolvi continuar o assunto de alguns posts atrás pois me veio na cabeça que meu problema, assim como possivelmente o de outras pessoas com o TPB (ou não) não está relacionado unicamente com nossa aparência. É um ponto importante, sim, mas existem mais lados a serem vistos.
No meu entender, com toda esta dor que sinto, sendo impulsiva como sou, não conseguindo relacionamentos nem empregos estáveis, sentindo-me feia aos olhos do mundo, o que possivelmente eu teria de bom para acrescentar? Que qualidades que fariam a diferença, pois se eu tiver alguma elas não são suficientes para manter as pessoas por perto?
Minha insegurança com meu self não vem só da minha imagem no espelho. É mais profundo que isso. É engraçado, porque as vezes eu me acho a melhor no que faço e as vezes não sei dizer nem o que estou fazendo, ou porque me mantém num emprego, por exemplo. A propósito, sou professora de inglês. Gosto do que faço, me orgulho. sou extremamente possessiva com meus alunos e isso me faz muito mal quando escuto algum deles elogia outro professor, por exemplo. Me dá uma sensação de que... Como dizer? Que não sou boa o suficiente.
A um tempo atrás me tornei coordenadora de uma grande escola. Me joguei no trabalho, mas sempre parecia que eu podia fazer melhor. Trabalhava 15 horas por dia, me afastei de família, namorado, vivia pra aquilo. E ainda assim parecia que eu estava errando. Trabalhar para grandes empresas não ajuda muito na parte da auto-estima, pois parece que seus chefes só lembram de você quando acontece algo de errado. E isso não ajuda em nada a auto-estima.
Então, eu estava lembrando aqui que, por ser coordenadora, eu era meio que o bicho-papão, aquela que dava as más notícias, que escutava as reclamações e, minha equipe de professores ficava com os elogios. Na páscoa, por exemplo, eu me amuava porque muitos ganhavam chocolate e eu não. Infantil, né? Mas era meio que meu padrão.
Uma época fui fazer um treinamento com o deus da metodologia usada na rede de escolas, o criador, um cara super estudado, 3 faculdades... Eu tremia nas bases. Pensava o tempo todo: "o que ele vai pensar de mim?". No final fizemos uma prova e ele conversou com cada um. E me disse que "eu era muito boa, mas não tinha consciência disso.". Chorei muito.
A verdade é que eu penso que nunca serei como as pessoas normais, que vivem suas vidas, tem sua casa, carro, família, emprego estável, um cachorro e uma casa com varanda. É como se eu observasse o mundo por um aquário, uma bolha, onde tento ser boa o suficiente, mas nunca consigo atingir os padrões necessários, então falho. Falho nos relacionamentos, empregos, amizades, falho.
Mas, diferente do meu outro post, este vai terminar um pouco diferente. Tem uma coisa que faço que me faz sentir com valor, fazendo uma diferença. Apesar de ainda achar e me culpar por não fazer o bastante, ajuda muito. É meu trabalho como protetora. Quando salvo uma vida de um animal, quando vejo ele doente e sarando, nos braços de uma família que o ama quando é adotado, todo meu vazio, minha dor, naquele momento some. Pois eu não posso me dar ao luxo de sumir, porque aquele ser precisa de mim. É difícil, agora eu sei, ser Border e protetora, pois lidamos com muita maldade e muitas perdas. Toda vez que eu perdia um bichinho eu ficava muito mal. O último foi um gatinho recém-nascido que cuidei por duas semanas, mal dormindo e ele acabou não aguentando. Fiquei desesperada por dias. Mas tem os finais felizes e, podem ter certeza, valem a pena.
Não, não cura este sentimento de que sempre eu poderia estar fazendo melhor. Porém ajuda. Então hoje eu tenho sim, um conselho para os que vem aqui e me lêem: Façam algo pelos outros. Não precisa ser a causa animal, pode ser visitar um orfanato, um asilo, fazer campanhas de doações... a gente reclama muito da situação que nosso país vive mas... O que VOCÊ está fazendo para mudar isso? Não tem tempo? Tem certeza? Será que não pode sacrificar um dia por mês e visitar crianças abandonadas? Será que o futebol, ou sua cama são tão importantes assim? Eu estou mal, mas todo dia saio de casa para cuidar de um gatinho de rua que está ferido (já comentei sobre ele) e alimentar ele e mais um tanto de outros. É um pouquinho, mas é o que eles têm. O que você faz? Vê um animal abandonado e passa direto? Vê uma criança pedindo comida e ignora? Se cada um fizesse sua parte, hoje não estaríamos assim. Sempre esperamos que o outro faça e esquecemos que a mudança começa de dentro. Assim como o TPB, TDAH, TBH, depressão...
Seja a mudança que você quer ver no mundo. (Gandhi)
Pra terminar, fiz esta montagem com alguns dos gatinhos que já salvei. Tem outros, mas não tinha fotos. Alguns estão comigo, outros com novas famílias e outros viraram estrela...
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
PODCASTS
O que é o TPB?
Terapias e Terapeutas
Automutilação
Oiee pessoa, ainda não acostumei em não poder te chamar de N...
ResponderExcluirah, eu queria poder te ajudar! sair com vc..te levar pra rir!:) mostrar meus gatos. E dizer que ainda vale a pena viver, que ter um amigo é bom, que poder construir coisas novas, para que as que estão tão vivas fiquem só nas lembranças. Eu me senti muito querida por vc sentir minha falta.
Eu queria ver seus videos, se um dia tiver coragem de fazer será legal. Beijos e estou por aqui...
Chegando agora vou passar por todo blog e depois venho
ResponderExcluiraqui comentar de fato.
Bjkas.
Catiaho Alcantara/ Reflexo d'Alma
http://eunoseossinos.blogspot.com.br/
http://reflexosespelhandoespalhandoamigos.blogspot.com.br/
Olá!
ResponderExcluirElian
lindo relato, a melhor que li...penso que a decisão é sempre sua, mesmo que sofra influência externa. Mudanças radicais exigem razões fortes e bem fundamentadas, por isso tem q vir de dentro de cada um...
Linda montagem dos miaumigos
Boa tarde
Beijos
Oi Elian.
ResponderExcluirÉ muito nobre esse seu carinho pelos animais.
Lendo as suas palavras nesse seu relato, eu concordo com o deus da metodologia citado lá em cima, você é muito boa mas não tem consciência disso. E ainda por cima fala inglês, legal.
Gostei do desenho no penúltimo post, em que sua mãe varre parte do apartamento, não sei se é de sua autoria, mas ficou bacana.
Felicidades e sossego para você e para os bichanos aí. Fica com Deus.
Oi Eilan,
ResponderExcluirGostei do seu blog, estarei seguindo você. Legal a sua atitude de cuidar dos animais. Eu particularmente não curto muito ter animais, acho que isso requer cuidados e atenção especial com eles e eu sou muito desligada pra isso. Mas admiro quem faz esse trabalho. A proposito adorei os nomes dos gatinhos. *.*]
Bem, você disse: "A verdade é que eu penso que nunca serei como as pessoas normais,". Sabe, eu vivia dizendo isso na terapia: "eu só quero ter uma vida normal". Mas hoje eu penso que viver não tem nada de normal. E se tivesse seria muito sem graça. Cada vivência é única e quanto mais tempo você passa tentando viver a vida normal das outras pessoas mais a vida fica desgastante pra você. Naquele momento critico da minha vida o melhor que eu tinha a fazer era aceitar. Aceitar a vida que eu tinha e aceitar o que estava acontecendo comigo e então cuidar pra que eu ficasse bem. Acho que é assim que você recupera a sua vida, não importa se normal ou não, é sua. O que importa é você estar bem.
Bjs
http://bloggdafabi.blogspot.com.br/