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3 de mai. de 2013

Afinal, onde está o problema?



      Nós que pesquisamos dia após dia sobre o TPB (e vivemos as agruras do transtorno), sabemos que dos transtornos de personalidade, o TPB é um dos mais complicados para se tratar adequadamente. Há dois problemas visíveis: até como parte do próprio transtorno, os borders não conseguem aderir a um tratamento contínuo para se fazer eficaz, isso porque o psiquiatra e o psicólogo muitas vezes não conseguem transmitir confiança para o paciente ou este paciente "boicota" seu próprio tratamento fazendo uso do álcool, drogas e qualquer situação que seja autodestrutiva. 
      O segundo problema marcante para o TPB ser de difícil tratamento é a falta de especialistas nesse transtorno (me especificando aqui no Brasil, claro). Para um tratamento correto e eficaz, o psiquiatra precisa ser especializado em transtornos de personalidade para saber lidar com pacientes borders. Aqui no Brasil vejo que há escassez de profissionais dessa área especializados. Os psicólogos que também não têm um histórico com pacientes com transtornos de personalidade também encontrarão problemas com pacientes borders. 
      É necessário para o bem estar não só do paciente, mas também daqueles que convivem com ele, que o tratamento correto seja feito e seguido também. 
      E por que estou focando nesse assunto? Digamos que eu tenha sofrido com as palavras de minha antiga psiquiatra e eu gostaria de compartilhar com você.
      Por quase dois anos fiquei fazendo tratamento com tal psiquiatra. Uma pessoa do tipo: "A última palavra é minha e ponto final". Sempre muito carrancuda e esnobe. Na minha primeira consulta ela foi enfática em várias citações. Uma em especial nunca sairá de minha mente: "A remissão dos sintomas do TPB geralmente ocorre entre os 
30-35 anos, mas se você continuar com essas atitudes, não chegará viva até lá, não mesmo". Será que ela foi franca demais e eu deveria aceitar o fato ou então ela cometeu um erro em me dizer aquilo assim, logo de cara, na primeira consulta de longos 2 anos? Se eu estava ali, com minha mãe do lado, bem na frente daquela pessoa intragável, é porque eu verdadeiramente precisava de ajuda e não de uma sentença de morte. 
       Chegou um dia que não aguentei certos desaforos e mudei de psiquiatra. E fiz muito bem. Hoje me consulto com um verdadeiro anjo e espero que dê tudo certo. Sou uma border melhor com ela.
       



3 comentários:

  1. Onde está o problema? está em quem complica, é o teu caso?

    ag

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  2. Oi Marília
    Eu sempre falava pra Eilan que ela não deveria beber pois estava boicotando ela mesma, a bebida não combina com qualquer transtorno. Acredite. Que bom que vc está acertando com o médico, quando confiamos no profissional, é meio caminho andado para nossa recuperação!
    Bjos. e #tamo junto.
    http://ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com.br

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