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8 de jun. de 2014

O Transtorno de Personalidade Borderline em Crianças e Adolescentes





É difícil diagnosticar o transtorno borderline com precisão em crianças porque sintomas semelhantes podem evoluir para uma das várias doenças que a criança desenvolve. No entanto, a doença pode ser diagnosticada na adolescência ou início da idade adulta, embora, hajam indicações de problemas comportamentais significativas antes a forma completa do transtorno torna-se evidente. 

Algumas crianças parecem ter sintomas que são muito semelhantes ao borderline em adolescentes e adultos. Os pais de alguns pacientes border relatam que detectaram os problemas logo no primeiro ano de vida. Os bebês afetados parecem ter mais "cólica", choram mais, têm capacidade diminuída de sentir prazer, dormem menos tranqüilamente, ficam chateados mais facilmente por mudanças na rotina, e são mais difíceis de acalmar quando nervosos.

Na primeira infância, as crianças que  são diagnosticadas com o TPB mais tarde são freqüentemente descritos como sendo mais exigentes e que requerem mais atenção do que seus irmãos e irmãs. Alguns parecem se preocupar mais, terem mais episódios de tristeza, são mais sensíveis a críticas, continuam a serem perturbados mais facilmente por mudanças na rotina ou planos, e são mais facilmente irritados. Eles são mais facilmente frustrados e, quando isso acontece eles podem ter graves acessos de raiva . Alguns têm grande dificuldade em partir de casa para frequentar a escola, e sob estresse podem demonstrar sintomas físicos como puxar pequenos fios de seu cabelo, dores de estômago frequentes, dores de cabeça, problemas alimentares, e um padrão de sono anormal.

Apesar desses relatos de pais, o fato é que nós realmente não sabemos muito sobre como eram as pessoas com transtorno borderline quando crianças. Há relativamente poucos artigos na literatura médica sobre as características do TPB em crianças, e há uma falta de consenso claro sobre a presença e os critérios de diagnóstico da doença durante a infância.

Um número de diferentes descrições de comportamentos foi desenvolvido para diagnosticar crianças com o TPB. No entanto, eles parecem definir com mais precisão as crianças que mais tarde na vida desenvolverão uma série de diferentes transtornos mentais, incluindo o borderline e outros transtornos de personalidade, como o déficit de atenção, hiperatividade e transtornos por uso de substâncias.

Em geral, estes são os grupos de sintomas em crianças que sugerem que um problema significativo pode estar presente e requer a avaliação e, eventualmente, um tratamento: 

- emoções hiper-reativa com graves  explosões de temperamento; 
- pouco controle de impulsos, especialmente atos contra si mesmos ou aos outros; 
- dificuldade de racionalizar e pensamento limitado; 
- relações pessoais marcadas por distúrbios.

É aconselhável procurar um terapeuta especializado quando estão presentes estes sintomas.




16 comentários:

  1. Oi....a pouco tempo achei seu blog....e achei muito interessante....tenho uma filha com TPB...e sei o quanto é difícil ....para quem tem... para a família.... Desde que notamos que algo não estava "dentro da normalidade" buscamos um especialista...porém onde moramos...em uma Capital do Norte do Brasil....não encontrei um psiquiatra "infantil"...sim! não tem.... aí procuramos o que tínhamos para o momento...um neuropediatra....que no momento nos ajudou muito...porém em meados de setembro do ano de 2013...ele deu Hipótese diagnostica como BIPOLAR.....nós e a psicóloga achamos estranho...e deu muita medicação...quando digo muita ....é muita mesmo....tanto que ficamos 3 meses sem dormir.....chegando as férias buscamos ajuda fora do estado .....e graças a Deus e a médica voltamos mais tranquilos....pois agora temos um diagnóstico TPB....e com um tratamento e muitas informações....de volta a terapia.....minha filha fez 11 anos neste ano...e se automutila.....e isso é assustador....eu e meu marido, com ajuda da psicóloga lemos muito, estudamos muito sobre o assunto....pois ele afeta toda a família....e ninguém pode sentir a dor por ela...o medo por ela...só podemos amá-la...aconchega-la... e tentarmos ajuda-la...porque nosso amor supera tudo isso....mas o que nos dói muito ainda é o desconhecimento, o preconceito que existe muito.....obrigada....acho que isso foi um desabafo...gostaria de poder conversar com outras mães que tenham filho(a) border.....parabéns pelo blog....

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    1. Patricia
      Entre em contato comigo
      alyne27@gmail.com
      Sou mãe e sofro como você

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    2. Oi podemos conversar sou mãe e estou sofrendo muito.
      flaviabaroncelli@gmail.com

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  2. Patricia,entre em contato comigo
    alyne27@gmail.com
    Sou mãe e sofro como vc

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  3. Meu filho foi diagnosticado recentemente. Ele tem 07 anos e apresenta todos os sintomas. Piso em casca de ovo o dia todo e sou a única que consegue acalma-lo. Fico pensando em como vai ser a vida dele quando eu não estiver mais por aqui.

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  4. Olá ... Descobri ontem que minha filha do coração pode ser uma border. Gostaria de trocar mais informações com mães que já tiveram o diagnostico final. Por favor me ajudem ...

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    1. olá, eu tenho um filho do coração TDAH, mais acho que ele é borderline tambem, ele não aceita regras, tem oscilaçoes de humor em casa e escola, tem tiques etc. Gostaria de trocar ideias com maes que passam por isso, meu email é
      marcia.cris2006@hotmail.com

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  5. Acho que o meu filho é borderline... Estou um pouco assustada com essa possibilidade. Ele tem10 e está a começar a ser dificil impor-lhe regras. Tenho um irmão que também me parece border, mas nunca fez tratamento nem qq diagnóstico. E mesmo eu, acho q tb tenho alguns traços. Como estabelecer limites ao meu filho, agora que ele os aceita cada vez menos e explode à mínima contrariedade, mesmo tratado com doçura?

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  6. Muito esclarecedor esse texto já que para a maioria das pessoas sofrimento infantil é manha ou pirraça!

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  7. Ola! Na escola que trabalho tem um menino com este diagnostico e temos muita dificuldade em lidar com ele pois ora calmo ora agressivo, dificuldade para desenvolver atividades, seguir regras e relacionar com os colegas. Gostaria de sugestão em como lidar e agir no espaço escolar , atividades que possa chamar atenção e melhorar a interação.

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  8. Olá! Na escola que trabalho tem um menino com este diagnostico e nossa maior dificuldade com ele é interação, seguir regras, desenvolver as atividades, em relação ao comportamento ora calmo ora agressivo. Gostaríamos de sugestão de atividades para ser desenvolvida e como lidar com o comportamento. Obrigada.

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  9. tenho 13 anos e acho que tenho TPB..desde pequena sempre tive explosões de raiva, sempre fui muito impulsiva e não consigo controlar minhas emoções.. a maioria das pessoas diz que isso é por causa da adolescência mas eu ja li muito sobre o assunto e tudo é muito parecido comigo. Eu cheguei a pensar que era bipolar mas os sintomas do TPB são extremamente parecidos com o que vem ocorrendo comigo desde sempre. É horrível não poder controlar minhas emoções e ser na maioria das vezes uma pessoa ou muito fechada ou muito explosiva.

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  10. Vale ressaltar que além do transtorno existe uma criança e que cada uma tem uma experiência de vida por mais nova que seja. A criança deve ser vista além do transtorno, ela deve ser mapeada, deve ser conhecida e vista não como coitada por possuir tal transtorno, mas como uma criança.Deve ser educada com limites assim como uma criança sem o transtorno. Fazer as vontades e não impor limites de nada irá ajudá-la. O mais difícil é fazê-la entender o mundo, as pessoas e como deve se relacionar com tudo que a rodeia. Sou border e apesar de diagnosticada aos 6 anos só ao início da idade adulta me foi dito que sofria de algum transtorno. Sempre soube que era diferente mas para mim eu era somente eu. Depois com maturidade pude me entender melhor e todo meu trajeto de vida fez sentido. Conheço crianças com TPB e que sabendo do transtorno manipulam os pais que acoados por não saberem bem o que fazer acabam não impondo limites tornando a situação da criança ainda mais difícil uma vez que fora do convívio familiar a sociedade nem conhece o TPB e não entende o comportamento da criança.Minha mãe tbm não me medicou mas tive acompanhamento psicológico durante toda minha vida. Hoje vivo sem remédios e aprendi sozinha a controlar impulsos e a diferenciar pensamentos advindos do transtorno. Não quer dizer que não sinto as mesmas coisas mas, tento fazer passar sabendo que é só coisa da minha cabeça. Consigo diferenciar melhor as coisas hoje e digo, não é fácil. E é sempre bom ter alguém por perto que sabe, te ouve e entende.

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  11. Olá. Estou desesperado, pois tenho uma filha que já passou por vários profissionais, e até agora não conseguiram estabilizar minha filha. Ela tem 9 anos, começou por volta dos 4 anos a desenvolver alguns sintomas como, achar que seu cabelo estava caindo, que olho estava caindo, e repetir muito a frase por inumeras vezes ao dia: já falei e pronto e acabou, não precisa de falar de novo, está com 64 kg, come desesperadamente rápido, dorme muito mal, tem crises de agressividades, tem baixa estima, pergunta muito se amamos ela, fica pedindo desculpas o tempo todo, quer levar bala para todos alunos da sala de aula, ela tenta comprar amizades, as crianças desfazem dela e ela não percebe, sente necessidade de brincar com alguém, as crianças chegam a abusar dela, pois ela aceita qualquer coisa para ser amiga da criança, tem tique na mão, pares que tem falta de ar a noite. Teve um surto que fugiu de casa três vezes de madrugada, ela fica chateada a toa e ao mesmo tempo alegre. Me ajudem estou desesperado, não sei o que fazer mais. Estou entrando em colapso. Ela mora com a mãe. Se quiserem podem entrar em contato pelo meu email rafaelfreitas2003@ig.com.br

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  12. preciso de ajuda tenho um filho de 22 anos e sofro com ele dês de muito pequenino e já fomos a vários psicólogos e um psiquiatra ninguém da um diagnostico e lendo sobre o assunto vi que ele se identifica em 90% com esse transtorno o que fazer?

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  13. Oi, tenho 18 anos e sou estudante de psicologia. Eu nunca fui tratada nem diagnosticada, mas de acordo com os sintomas e todas as pesquisas que eu ja fiz sobre o assunto sou Border. Tenho desde criança, mas muitos pais acreditam ser comportametos comuns de crianças e não procuram um profissional.

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